Battleship: fortalezas sobre o mar



Battleship Musashi: afundado depois de resistir cerca de 19 impactos de torpedos, 17 bombas aéreas e inúmeros ataques de aviões.


Sendo considerados os herdeiros dos navios de linha à vela, do século XVIII, em alguns países, os grandes couraçados eram classificados como navio de linha (Alemão: Linienschiff) ou navio de batalha (Alemão: Schlachtschiff, Inglês: battleship, Italiano: nave da battaglia - abreviaturas do termo "navio de linha de batalha").
Os couraçados eram um poderoso símbolo de domínio naval e de poder de uma nação. Durante décadas, os couraçados foram um fator determinante na estratégia diplomática e militar das potências que os possuíam. A corrida global às armas, em termos de construção de couraçados, foi uma das causas da Primeira Guerra Mundial, na qual se deu a Batalha da Jutlândia, um recontro entre as enormes frotas de couraçados britânica e alemã, considerado como a maior batalha naval da história. Os tratados internacionais de limitação de armamento naval, das décadas de 1920 e de 1930, limitaram o número de couraçados, mas não pararam com a sua evolução. Tanto os Aliados como as Potências do Eixo desenvolveram couraçados durante a Segunda Guerra Mundial.

Apesar de tudo, alguns historiadores e estrategistas navais questionaram o valor dos couraçados. Apesar do seu enorme poder de fogo e proteção, os couraçados foram-se tornando, cada vez mais, vulneráveis a armas simples e baratas: inicialmente o torpedo e a mina marítima e, depois, a aeronave e o míssil. O aumento da distância de enfrentamento nos combates navais levou ao desenvolvimento do porta-aviões que substituiu o couraçado como o principal tipo de navio de linha, durante a Segunda Guerra Mundial. Com o fim da guerra fria e o colapso da ex-União Soviética, a construção e manutenção do encouraçados tem sem se mostrado economicamente inviável. Os últimos couraçados dos EUA foram abatidos ao serviço em março de 2006.

Hood vs Bismarck: http://www.youtube.com/watch?v=Zbz6Oa5PQuA

Battleship, também chamados de couraçado (ou encouraçado) é um navio de guerra pesadamente blindado e armado com as peças de artilharia de longo alcance e de maior calibre existentes. Eram o orgulho de qualquer marinha nas épocas da primeira e segunda Guerra. Os couraçados eram bem maiores, mais armados e mais blindados que os cruzadores e contratorpedeiros. Na história, foram construídos para atacar alvos distantes (às vezes em terra) com sua artilharia ou engajar diversos navios inimigos simultaneamente fazendo uso de sua excepcional blindagem. Isso fazia dos couraçados muito mais potentes que qualquer outro navio e somente podem ser sobrepujados por outros encouraçados ou outro tipo de ameaça (submarinos ou um grande ataque de aviões).

Em War at Sea, seu uso é bem mais ampliado. Um couraçado pode ser o foco central de qualquer esquadra que pode ser planejada tão somente para lhe dar suporte e acentuar ainda mais sua defesa. Também pode servir como uma extraordinária base de artilharia contra as forças inimigas enquanto os demais navios avançam. Além disso, também é possível separar o couraçado de sua frota formando 2 pontos fortes de ataque flanqueando o inimigo. Enfim, é uma unidade muito divertida de se jogar. Os battleships são tão cobiçados no universo de WaS que foi o único tipo de unidade a receber duas publicações da Wizards “Opening Salvo” (feitas para aprofundar o conhecimento da unidade e dar um referencial histórico para embasamento das peças).

O fundo histórico que cerca os encouraçados é imenso! ... Bismarck, Hood, Iowa, Tirpitz, Yamato, Richelieu, Musashi, Jean Bart, Rodney e tantos outros couraçados tornaram-se os principais protagonistas das batalhas no Pacífico, Atlântico, Mediterrâneo e mares do Ártico. Igualmente suas estórias se tornaram o mote para livros, documentários e filmes até hoje conhecidos (Pear Harbor, Falklands, Jutland, Rheinubung, River-Plate, Weserubung, Mar de Coral, Solomões, etc...). Todo esse fundo histórico é responsável desde o desenrolar real das Guerras até as alternativas de campanhas criadas por jogadores em WaS. Apesar de se tratar de um jogo voltado para combates marítimos, SaW permite também que o foco seja aéreo ou ambos, isso traz para os jogadores a possibilidade de criar e refazer cenas de batalhas épicas.

Os números dos battleships eram imensos. Abaixo pode se ter uma idéia do armamento e armadura de um Battleship da Classe Yamato (como os couraçados Yamato e Musashi) que pesava 73000 toneladas e, juntamente com o USS Yowa, foram considerados as maiores máquinas de guerras já construídas.

Armamento:
Apesar do armamento primário da classe Yamato ter sido oficialmente o calibre 40 cm/45 (15.9 in) Type 94, na verdade tinha a forma de nove canhões calibre 46 cm/45 (18.1 in) — os maiores canhões já instalados em um navio de guerra — montados em três torres triplas, cada uma pesando 2774 toneladas. Cada canhão tinha 21,13m e pesava 147,3t. Grandes projéteis explosivos para perfuração de couraças eram utilizados, cada um capaz de ser atirado a 42km com uma cadência de 1,5 a 2 por minuto. Os canhões principais também eram capazes de atirar projéteis antiaéreos de 1360kg 3 Shiki tsûjôdan ("Tipo Comum 3"). No projeto original, o armamento secundário da classe Yamato compreendia doze canhões de 15cm montados em quatro torres triplas (uma na frente, uma atrás, duas no meio), e doze canhões de 13cm em seis torres duplas (três de cada lado na parte do meio do navio). Além disso, a classe Yamato originalmente carregava vinte e quatro canhões antiaéreos de 2,5cm, primariamente montados no meio do navio. Em 1944, o Yamato ainda recebeu consideráveis melhorias antiaéreas, com a configuração do armamento secudário alterada para seis canhões de 15cm, vinte e quatro canhões de 13cm, e 162 canhões antiaéreos de 2,5cm, em preparo para operações no Golfo Leyte.
Blindagem:
O cinturão principal da couraça em volta da lateral do navio tinha 410mm de espessura, com camadas adicionais de 355mm além do cinturão principal. Além disso, o formato do casco superior era bem avançado, as laterais se curvavam com eficiência de modo a maximizar a proteção da couraça e a rigidez estrutural ao otimizar o peso. A couraça das torres principais superava até mesmo a do cinturão principal, tendo 650mm de espessura. As placas de armadura do cinturão principal e das torres principais eram feitas de aço endurecido. A proteção do convés — 75mm espessa — era composta por uma liga de níquel-crômio-molibdênio. Testes de balística em Kamegabuki demonstraram que a liga do convés era superior às placas de aço endurecido em 10–15%. Placas adicionais foram designadas manipulando a composição de níquel e crômio da liga. Maiores quantidades de níquel permitiam à placa ser virada sem causar fraturas.

É quase desnecessário citar alguma “deficiência” dos couraçados por ser tão óbvia e poucas. Sendo voltado ao combate em superfície, os couraçados possuem pouca defesa anti-aérea e nenhuma contra submarinos, apesar de que sua velocidade pode mantê-lo em uma distância segura contra estes. Somente um ataque maciço de aeronaves ou outro couraçado pode afundá-lo. Finalmente, seu uso pode ser limitado pela pontuação escolhida para as frotas. Um couraçado custa em média 50 pontos, o que equivale a 33% da pontuação necessária para a vitória em uma partidas normal ou em 50% dos pontos totais para construção da frota em um jogo simples. Colocá-lo ao mar pode ser uma jogada arriscada se o adversário tiver boas armas aéreas, caso contrário, o jogador terá grandes perspectivas de vitória.

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